Encantar-se novamente por algo desconhecido
- aconteça quantas vezes for -
será sempre um passo no escuro.
À sua frente você poderá encontrar uma mão aveludada pronta para segurar a tua,
um abraço pronto para te acolher,
como poderá também encontrar diversas muralhas cheias de espinhos!
O que fazer?
Parar de caminhar?
Seguir em frente é praticamente vital.
Os batimentos, quando parados, sinalizam a inexistência de vida.
Precisamos do caminhar, precisamos do novo.
Precisamos do 'a seguir'.
Por mais frio na barriga que isso possa causar.
Daí a gente vai mergulhando, vai se entrelaçando, vai se embaraçando.
Umas vezes construindo nós, em outras vezes, laços.
Abraços, embaraços...
E tantos passos e descompassos, que chega a hora em que o coração pede uma pausa.
Pede fôlego, pede para respirar, refletir.
Mas não para estagnar.
Apenas para tomar impulso, e continuar tudo outra vez!
Quantas vezes forem necessárias!
E uma hora a gente acerta os passos desse caminho...
E a gente chega lá.
Ah, chega!