terça-feira, 20 de novembro de 2018

Incompreensível amor

Teu amor bruto,
Que exige minha presença,
Em meio a palavras bruscas que me machucam.
Perfuram meu ser. Este que tanto te preza.
Meus sentimentos fundem-se em dor e admiração pelo que és. 
A doçura da música, da criatividade, 
Da forma de ouvir o mundo, e de se fazer ser ouvido. 
Quando silencia, preocupa. 
Porque és música, e precisa preencher todos os espaços e tempos com a sua melodia. 
Porém, sua composição também sabe machucar, 
como a letra dolorida da música preferida que se ouve quando o coração está ferido.
Uma estrada de companheirismo, cuidado... Brutalidade. 
Dor. Ferida que germina. 
Talvez um dia consiga encontrar para si o equilíbrio de toda essa força que é, 
E perceber toda a beleza que pode ser.
Difícil compreensão.
Te enxergo. Te amo. 



sábado, 17 de novembro de 2018

A paz que me busca

Quando me aquieto,
Fico em pausa, em calma, quase que imóvel,
É meu coração pedindo paz a todo custo.
Ele vira e se revira.
Pulsa de uma maneira incontrolável,
Mas tudo que ele quer é paz
E não consegue pedir calmamente.
Só sabe gritar, agitar minha alma, minha cabeça, meus sentidos.
Procuro saber o que está acontecendo... Não sei.
Talvez seja o espírito que não encontra lar nesse lugar, nessa órbita, nesse universo.
Não me sinto pertencente,
Não me sinto livre.
A paz me busca em alvoroço,
Mas é no alvoroço que me encontro
E a paz, segue na busca!

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O processo do meu eu

Eu sou isso aqui.
A que vejo e a que mostro.
As imagens, de corpo e alma, que cada vez mais se assemelham.
Aos poucos me torno uma só.
O que sou e o que gostaria de ser.
Aprendi o ritmo de muitas coisas, mas em outras, não vou me redimir.
Não teria graça se fosse diferente.
Não seria eu.
Eu sou a que está aqui, a que está ali, e a que talvez vai estar muito distante quando menos se esperar.
Não tenho medo, tampouco vergonha, das minhas excentricidades, manias, chatices e loucuras.
Gosto de mim. E gosto pra caramba!
E o que aprendi nesse processo de amor próprio, foi a saber como quem quer estar perto de mim, tem que me gostar.
Aprendi a ser mais, e nunca mais vou me permitir ser menos!

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Devaneios de 2 corações saudosos

Saudade é amor!

Dizer eu te amo para alguém é bonito e singelo, pois vem do coração.

O que vem do coração é bem vindo.

Dizer eu te amo,
É mais do que dizer eu te amo!

O silêncio é o maior devaneio de um amor saudoso. E saudoso é aquele que ama demasiadamente ...

Demasiado é o sentimento que não cabe mais no peito, e por isso, perpassa por todo o corpo, ocupando todos os poros...

O corpo que carrega toda essa demasia, carrega um pouco de mim e um pouco de ti.

Vem, deita aqui no meu peito e escuta a voz do meu coração dizendo: vem ouvir essa canção...

Essa canção que tu ouves, vem do meu profundo silêncio. O silêncio de te amar, e tantas vezes não poder me entregar.

Tanto silêncio em minh'alma, ecoa meu coração, que compõe essas músicas, e que te peço para ouvir,
na esperança de que entenda.

Entenda e sinta esse amor que há em mim

Do silêncio, do amor, do céu, do mar, do meu peito aberto, querendo te entregar tudo aquilo que sinto.

O amor que vai floreando de canto a canto, do meu ser, do meu eu, e de nós.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Anjo

Aquela dor que se esconde
Na correria das tarefas,
Mas está presente nos seus dias,
Ainda que seja de forma sutil.
Ela aparece quando você finalmente senta relaxada em sua poltrona, toma sua bebida favorita, e liberta seus pensamentos.

Ela aparece quando você pensa nos momentos de conquistas e realizações, e lembra que no meio da perfeição desses instantes, faltava algo.
A saudade que se esconde
nos momentos alegres e de grande excitação,
que me fazem, por um instante, acreditar que esqueci sua presença.
E que seguir a vida é simples.
Não é assim.

Tudo que precisa se esconder, existe.
Existe forte. Nos detalhes. 

Nas palavras meio embargadas e embaralhadas. 
Naquela música que é difícil de ouvir. 
No espelho que, quando eu olho, insiste em me mostrar sua imagem.
Na lágrima gerada pelo pensamento que voa longe, e te encontra. Te abraça.
Você está ali.
Você está aqui.
Procuro não olhar
Como não olhamos constantemente para nossa sombra.
Mas a gente sabe que ela está ali.
Nos seguindo. Nos acompanhando. Lado a lado.
Você não vê.
Você sente. Sente forte.
Talvez possa ser um fantasma.
Mas talvez seja um anjo.
Mas na melhor de todas as minhas hipóteses, tudo isso que sinto, é você!

O reflexo do espelho

Não imaginei que estaria aqui,
Ou que estaria assim.
Pelo pouco que pude me conhecer até hoje...
Devo ter imaginado, pra mim, um mundo a mais do que tenho, ou do que sou.
Ou também é bem possível que nem tenha imaginado nada.
Mas, a verdade, por trás dos sonhos, erros, acertos, defeitos (muitos), ajustes e tantos novos começos e novos sonhos,
O que tenho é o que sou hoje.
E não é pouco.
Hoje já consigo enxergar isso, e principalmente, me enxergar!
O que sou. O que fui. O que tive. O que tenho.
Aprendi a me ver sob uma nova ótica, com um olhar mais gentil.
Mas sei, que continuo sem saber como será no futuro.
E talvez seja melhor assim.
Porque sem surpresas não há sustos,
Mas sem surpresas, também não há emoção.
O que de novo eu sei, é que seguirei lidando com as alegrias,
as tristezas, as saudades, os nós na garganta, a ansiedade (que vive grudadinha em mim),
os medos, as curiosidades, a vontade de me jogar no novo,
o anseio pelo mergulho, o brilho no olhar pelas conquistas,
a empolgação e comoção pelo reconhecimento... 
E o não saber, o eterno não saber, o que estará por vir. 
O que de novo me encontrará nos passos desse eterno aprender a caminhar!