sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Brisa

Você que chegou leve, assim como brisa, 
que refresca os cabelos em um dia quente de verão. 
Sem que se esperasse.
Chegou, sem aviso prévio, e assim também se foi.
Mas não foi logo. Fez morada.
Morada bonita, de quem quando se vai, não vai de verdade. 
Acaba ficando em parte e deixa a dor da saudade.
Antes de ir, refrescou muito mais que o meu cabelo, refrescou minha alma.
Tornou dias densos em momentos leves.
Tornou sensação de angústia em riso frouxo.
Por vezes, tornou até o impossível em possível.
E assim, conexão e assuntos que não mais se acabavam.
Mas, assim, como aquele vento leve que você não espera a chegada, 
se vai da mesma maneira... Sem aviso prévio.
Sem dizer o porquê veio, muito menos o porquê se foi.
Será que se foi?
Porque em mim você permanece, e junto a essa presença - que insiste em não se tornar ausência -, uma saudade que - confesso - não sabia que seria desse tamanho.
Sinto falta de como você fez a vida ficar depois que chegou.
Leve, fresca, possível.
Sinto falta, apenas falta.
E esse "apenas" que poderia significar a amenização de um sentimento 
- a falta - 
pra combinar um pouco mais comigo, e ser do contra, 
significa, neste contexto, justamente o contrário!
E o que não der pra entender, apenas sinta!

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