quinta-feira, 26 de julho de 2018

Devaneios de 2 corações saudosos

Saudade é amor!

Dizer eu te amo para alguém é bonito e singelo, pois vem do coração.

O que vem do coração é bem vindo.

Dizer eu te amo,
É mais do que dizer eu te amo!

O silêncio é o maior devaneio de um amor saudoso. E saudoso é aquele que ama demasiadamente ...

Demasiado é o sentimento que não cabe mais no peito, e por isso, perpassa por todo o corpo, ocupando todos os poros...

O corpo que carrega toda essa demasia, carrega um pouco de mim e um pouco de ti.

Vem, deita aqui no meu peito e escuta a voz do meu coração dizendo: vem ouvir essa canção...

Essa canção que tu ouves, vem do meu profundo silêncio. O silêncio de te amar, e tantas vezes não poder me entregar.

Tanto silêncio em minh'alma, ecoa meu coração, que compõe essas músicas, e que te peço para ouvir,
na esperança de que entenda.

Entenda e sinta esse amor que há em mim

Do silêncio, do amor, do céu, do mar, do meu peito aberto, querendo te entregar tudo aquilo que sinto.

O amor que vai floreando de canto a canto, do meu ser, do meu eu, e de nós.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Anjo

Aquela dor que se esconde
Na correria das tarefas,
Mas está presente nos seus dias,
Ainda que seja de forma sutil.
Ela aparece quando você finalmente senta relaxada em sua poltrona, toma sua bebida favorita, e liberta seus pensamentos.

Ela aparece quando você pensa nos momentos de conquistas e realizações, e lembra que no meio da perfeição desses instantes, faltava algo.
A saudade que se esconde
nos momentos alegres e de grande excitação,
que me fazem, por um instante, acreditar que esqueci sua presença.
E que seguir a vida é simples.
Não é assim.

Tudo que precisa se esconder, existe.
Existe forte. Nos detalhes. 

Nas palavras meio embargadas e embaralhadas. 
Naquela música que é difícil de ouvir. 
No espelho que, quando eu olho, insiste em me mostrar sua imagem.
Na lágrima gerada pelo pensamento que voa longe, e te encontra. Te abraça.
Você está ali.
Você está aqui.
Procuro não olhar
Como não olhamos constantemente para nossa sombra.
Mas a gente sabe que ela está ali.
Nos seguindo. Nos acompanhando. Lado a lado.
Você não vê.
Você sente. Sente forte.
Talvez possa ser um fantasma.
Mas talvez seja um anjo.
Mas na melhor de todas as minhas hipóteses, tudo isso que sinto, é você!

O reflexo do espelho

Não imaginei que estaria aqui,
Ou que estaria assim.
Pelo pouco que pude me conhecer até hoje...
Devo ter imaginado, pra mim, um mundo a mais do que tenho, ou do que sou.
Ou também é bem possível que nem tenha imaginado nada.
Mas, a verdade, por trás dos sonhos, erros, acertos, defeitos (muitos), ajustes e tantos novos começos e novos sonhos,
O que tenho é o que sou hoje.
E não é pouco.
Hoje já consigo enxergar isso, e principalmente, me enxergar!
O que sou. O que fui. O que tive. O que tenho.
Aprendi a me ver sob uma nova ótica, com um olhar mais gentil.
Mas sei, que continuo sem saber como será no futuro.
E talvez seja melhor assim.
Porque sem surpresas não há sustos,
Mas sem surpresas, também não há emoção.
O que de novo eu sei, é que seguirei lidando com as alegrias,
as tristezas, as saudades, os nós na garganta, a ansiedade (que vive grudadinha em mim),
os medos, as curiosidades, a vontade de me jogar no novo,
o anseio pelo mergulho, o brilho no olhar pelas conquistas,
a empolgação e comoção pelo reconhecimento... 
E o não saber, o eterno não saber, o que estará por vir. 
O que de novo me encontrará nos passos desse eterno aprender a caminhar!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Brisa

Você que chegou leve, assim como brisa, 
que refresca os cabelos em um dia quente de verão. 
Sem que se esperasse.
Chegou, sem aviso prévio, e assim também se foi.
Mas não foi logo. Fez morada.
Morada bonita, de quem quando se vai, não vai de verdade. 
Acaba ficando em parte e deixa a dor da saudade.
Antes de ir, refrescou muito mais que o meu cabelo, refrescou minha alma.
Tornou dias densos em momentos leves.
Tornou sensação de angústia em riso frouxo.
Por vezes, tornou até o impossível em possível.
E assim, conexão e assuntos que não mais se acabavam.
Mas, assim, como aquele vento leve que você não espera a chegada, 
se vai da mesma maneira... Sem aviso prévio.
Sem dizer o porquê veio, muito menos o porquê se foi.
Será que se foi?
Porque em mim você permanece, e junto a essa presença - que insiste em não se tornar ausência -, uma saudade que - confesso - não sabia que seria desse tamanho.
Sinto falta de como você fez a vida ficar depois que chegou.
Leve, fresca, possível.
Sinto falta, apenas falta.
E esse "apenas" que poderia significar a amenização de um sentimento 
- a falta - 
pra combinar um pouco mais comigo, e ser do contra, 
significa, neste contexto, justamente o contrário!
E o que não der pra entender, apenas sinta!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Questão de percepção

Talvez você nunca entenda meus desejos, anseios, vontades.
Sejam profundas ou fúteis.
Nenhuma menos importante que a outra.
Mas talvez você não tenha vindo pra entender, ou talvez não entende porque não percebe.
Talvez o que eu pensei ser clareza, seja turvo e turbulento.
Talvez não seja tão fácil assim, ou talvez a questão seja exatamente a demasiada facilidade.
Esse acesso fácil e direto que sempre te dei aos meus sonhos.
Aos motivos do brilho no meu olhar.
Nem sempre o que olhamos somos capazes de ver.
Enxergar, mergulhar, não ter medo, perceber.
Podem ser tantas coisas, como pode também não ser nada disso, nem daquilo, nem do que outrora pensei ou deixei (quem sabe esqueci) de pensar.
Perceber vai além.
E o querer perceber também.
O outro é assunto complexo, que nem sempre nos cabe.
E as minuciosidades dele, por vezes é só uma questão de percepção...
Noutras, não...
E cabe a nós, a sutil tarefa de perceber.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Golpe Perfeito

Bate, bate mais!
Porque isso não me derruba, me fortalece!
Me constrói!
Aos poucos me torno alguém que não tinha conhecimento que poderia me tornar!
Dor, decepção, mágoa!
Pouco importa, eu tô de pé!
Só depois não se assuste com a minha força,
Com a proporção que isso pode tomar!
Estou em fase de crescimento.
E as porradas da vida, ajudam!
Têm que ajudar!
Não me julgue como fraca, acreditando que pode me quebrar,
Porque meus cacos também podem ferir!
E eu estou cada vez me importando menos com alguma coisa que não seja a evolução da minha força!
Eu! Eu! Eu! Eu!
Sim, estou olhando pra mim.
Pensando em mim.
Cuidando de mim!
Anda sem espaço para o "outro" nesse momento.
Mas quer bater? Bate!
Não esqueça que minha cara estará aqui, pronta pra receber, e forte o suficiente pra isso!

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Ultimamente

Não é de hoje a sensação de prisão.
Uma prisão sentenciada por mim mesma.
Angústia e desânimo tornaram-se sinônimos de existência.
A sensação implacável de calamidade.
Ultimamente não tem sido diferente,
Apenas mais palpável, evidente, concreto.
Estou rodeada de silêncios.
E as vezes o silêncio pode conter um barulho desesperador.
O barulho dos gritos da minha alma.
Tá doendo. E quanto mais dor sai, mais tem para sair.
Nunca tive uma percepção tão límpida e tão dolorosa do conceito de infinito.
Em pensar que tudo o que eu queria era liberdade.
Liberdade que exige seu espaço nas minhas ações, desde o meu nascimento.
Liberdade de gritar. Gritar a minha dor, e gritar o meu amor!
Silenciar o amor também é devastador.
São tantos gestos, dizeres, desejos, prazeres e ações que ficam contidas.
Guardados em um silêncio ensurdecedor.
Em algumas situações quero querer, noutras quero não querer.
E as ideias nem ao menos estão claras em minha cabeça.
Não consigo querer o que eu preciso.
Não consigo gritar o que eu sinto. Não posso...
Sentimento de impotência tem falado alto dentro dos meus silêncios.
Eu amo, eu odeio, eu gosto, eu desgosto, eu quero, eu não quero.
E ninguém sabe. Nem eu.
Porque ultimamente a única clareza é a de que está tudo confuso.
Confuso e em silêncio.